Policiais estouram ponto de prostituição
Mulheres eram usadas e o dono do local ficava com todo o dinheiro
Fonte: O Liberal
Mulheres eram usadas e o dono do local ficava com todo o dinheiro
Um
novo esquema de exploração sexual foi desarticulado pela Polícia Civil
do Pará. Desta vez, o crime ocorria no município de Tucumã, a 1.066
quilômetros de Belém, no sudeste do Estado, onde uma casa de
prostituição foi fechada e quatro mulheres resgatadas na manhã do
sábado, 20.
O
dono da boate, Cleber Maracaiper Bezerra, de 25 anos, conhecido como
"Fofo", foi preso em flagrante e está à disposição do poder judiciário.
Ele foi autuado pelos crimes de rufianismo (obter lucros financeiros por
meio da prostituição) e por manter casa de prostituição. Somadas, as
penas pelos dois crimes podem chegar a nove anos de reclusão.
A
operação foi comandada pelo delegado José Carlos dos Santos, que chegou
ao local após receber o telefonema da mãe de uma das mulheres que
estavam sendo exploradas. "Recebemos a denúncia de que uma mulher que
teria vindo a Tucumã para se prostituir estava sendo impedida de deixar a
boate onde trabalhava. Imediatamente após recebermos o telefonema,
fomos até o local e constatamos a veracidade da informação", explicou o
policial.
Cleber
Maracaiper e as três mulheres encontradas na boate foram conduzidos
para a delegacia local e lá ouvidos pela autoridade policial. Após a
prisão de Cleber, uma quarta vítima se apresentou. Segundo o delegado
José Carlos, a boate chamada "Nesfetite" funcionava há poucos meses na
cidade. Maracaiper tinha obtido junto à prefeitura licença para o
funcionamento do local como bar, mas na verdade o espaço funcionava como
um ponto de prostituição.
Ao
delegado, as vítimas contaram que Cleber ficava com todo o dinheiro do
programa sexual, alegando que a quantia seria usada para quitar a dívida
adquirida pelas mulheres, que recebiam roupas e acessórios para atrair
os clientes. Sem dinheiro, as mulheres acabavam impedidas de deixar o
local.
Em depoimento, Cleber
Maracaiper admitiu o funcionamento do local como ponto de prostituição e
que cobrava das mulheres que lá trabalhavam pelas roupas, sapatos,
acessórios e tratamentos estéticos a que foram submetidas em função da
atividade. Ele alega, no entanto, não saber que a prática era criminosa.
Enquanto aguarda a decisão judicial, permanece recolhido na delegacia
de Tucumã.Fonte: O Liberal